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Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)

Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

Nas graduações e pós-graduações de Educação, são comuns a existência de disciplinas que abordam as Teorias de Aprendizagem. Dessa forma, esse texto visa argumentar sobre alguns pontos importantes da Teoria de Aprendizagem segundo Piaget.

  • De acordo com Piaget, as crianças possuem um papel ativo na construção de seu conhecimento, de modo que o termo construtivismo ganha muito destaque em seu trabalho.
  • O desenvolvimento cognitivo, que é a base da aprendizagem, se dá por assimilação e acomodação.
  • Quando na assimilação, a mente não se modifica.
  • Quando a pessoa não consegue assimilar determinada situação, podem ocorrer dois processos: a mente desiste ou se modifica.
  • Se modificar, ocorre então a acomodação, levando a construção de novos esquemas de assimilação e resultando no processo de desenvolvimento cognitivo.
  • Somente poderá ocorrer a aprendizagem quando o esquema de assimilação sofre acomodação.
  • O que fazer então par provocar o processo de acomodação? Para modificar os esquemas de assimilação é necessário propor atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas nos alunos.
  • De acordo com Piaget, apenas a acomodação vai promover a descoberta e posteriormente a construção do conhecimento.
  • O conhecimento real e concreto é construído através de experiências.
  • Aprender é uma interpretação pessoal do mundo, ou seja, é uma atividade individualizada, um processo ativo no qual o significado é desenvolvido com base em experiências.
  • O papel do professor é então aquele de criar situações compatíveis com o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno, em atividades que possam desafiar os alunos.
  • De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo das crianças ocorre em quatro fases: 1° SENSÓRIO-MOTOR (até os 2 anos), 2° PRÉ-OPERACIONAL (dos 3 aos 7 anos), 3° OPERATÓRIO CONCRETO (dos 8 aos 11 anos) e 4° OPERATÓRIO FORMAL (a partir dos 12 anos).
  • O professor deve provocar o desequilíbrio na mente do aluno para que ele, buscando então o reequilíbrio, tenha a oportunidade de agir e interagir.
  • Quando houver situações que gere grande desequilíbrio mental, o professor dever adotar passos intermediários para adequá-los às estruturas mentais da fase de desenvolvimento do aluno.
  • O aluno, dessa forma, exerce um papel ativo e constrói seu conhecimento, sob orientação constante do professor.
  • O professor deve propor atividades que possibilitem ao aluno a busca pessoal de informações, a proposição de soluções, o confronto com as de seus colegas, a defesa destas e a permanente discussão.
  • O conhecimento é construído por informações advindas da interação com o ambiente, tocando esta teoria com aquela proposta por Vygotsky, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior.

Referências:
MOREIRA, Marco Antônio; Teorias de Aprendizagens, EPU, São Paulo, 1995.

 

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Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

Nas graduações e pós-graduações de Educação, são comuns a existência de disciplinas que abordam as Teorias de Aprendizagem. Dessa forma, esse texto visa argumentar sobre alguns pontos importantes da Teoria de Aprendizagem segundo Vygotsky.

“Lev Semenovich Vygotsky nasceu em 1896 na cidade de Orsha, na Rússia, e morreu em Moscou em 1934, com apenas 38 anos. Formou-se em Direito, História e Filosofia nas Universidades de Moscou e A. L. Shanyavskii, respectivamente. Por esses dados biográficos podemos perceber de início o pano de fundo que influenciou decisivamente a sua formação e o seu trabalho: a revolução russa de 1917 e o período de solidificação que se sucede. Vygotsky é um marxista e tenta desenvolver uma Psicologia com estas características”1.

  • Segundo Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por meio da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com o meio.
  • Para substancialidade, no mínimo duas pessoas devem estar envolvidas ativamente trocando experiência e idéias.
  • A interação entre os indivíduos possibilita a geração de novas experiências e conhecimento.
  • A aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de instrumentos e signos, de acordo com os conceitos utilizados pelo próprio autor.
  • Um signo, dessa forma, seria algo que significaria alguma coisa para o indivíduo, como a linguagem falada e a escrita.
  • A aprendizagem é uma experiência social, a qual é mediada pela interação entre a linguagem e a ação.
  • Para ocorrer a aprendizagem, a interação social deve acontecer dentro da zona de desenvolvimento proximal (ZDP), que seria a distância existente entre aquilo que o sujeito já sabe, seu conhecimento real, e aquilo que o sujeito possui potencialidade para aprender, seu conhecimento potencial.
  • Dessa forma, a aprendizagem ocorre no intervalo da ZDP, onde o conhecimento real é aquele que o sujeito é capaz de aplicar sozinho, e o potencial é aquele que ele necessita do auxílio de outros para aplicar.
  • O professor deve mediar a aprendizagem utilizando estratégias que levem o aluno a tornar-se independente e estimule o conhecimento potencial, de modo a criar uma nova ZDP a todo momento.
  • O professor pode fazer isso estimulando o trabalho com grupos e utilizando técnicas para motivar, facilitar a aprendizagem e diminuir a sensação de solidão do aluno.
  • Mas este professor também deve estar atento para permitir que este aluno construa seu conhecimento em grupo com participação ativa e a cooperação de todos os envolvidos
  • Sua orientação deve possibilitar a criação de ambientes de participação, colaboração e constantes desafios.
  • Essa teoria mostra-se adequada para atividades colaborativas e troca de ideias, como os modelos atuais de fóruns e chats.

Referências:
1. http://www.dfi.ccet.ufms.br/prrosa/Pedagogia/Capitulo_5.pdf.
MOREIRA, Marco Antônio; Teorias de Aprendizagens, EPU, São Paulo, 1995

 

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Paulo Freire e a pedagogia da autonomia:

Para Freire (1996, p.47) ensinar não significa apenas transferir conhecimento, mas possibilitar sua produção e construção. O educador aprende ao ensinar e o aluno, por sua vez, ensina ao aprender. Para ele, não há docência sem discência. O professor não pode se acomodar, mas deve estar aberto para aprender coisas novas constantemente.
O autor destaca também a importância de se refazer ou recriar o que foi aprendido. Isso acontece em processo de comparações, repetições, satisfação da curiosidade, e ir além dos condicionantes.
Freire destaca que o aprendizado deve ser crítico e não pode ser feito superficialmente.
Para isso os educadores devem ser instigadores e demonstrar curiosidade pelo novo e aceitar
as mudanças. Os riscos devem ser aceitos e mitigados.
Educar para Paulo Freire é uma especificidade humana e uma forma de intervenção no mundo e que nada justifica a minimização dos seres humanos, nem mesmo a tecnologia ou a ciência. Porém ainda segundo o autor a tecnologia não deve ser completamente rejeitada. (FREIRE, 1996, Passim)

Construtivismo:

Paralelamente à inovação tecnológica, grandes pensadores e educadores perceberam que a escola tradicional também necessitava de inovação já que essa se baseava exclusivamente na transmissão do conhecimento pelo professor ao aluno, que o recebia passivamente.
Surgiu então uma nova corrente teórica denominada Construtivismo – onde o desenvolvimento da inteligência é determinado por ações mútuas entre o indivíduo e o meio de modo dinâmico, lúdico, crítico e individualizado. Jean Piaget, Lev Vygotsky, Howard Gardner, Paulo Freire, Emília Ferreiro, entre outros, são importantes idealizadores dessa corrente.
O professor deixa de ser um transmissor para se tornar um mediador do conhecimento que estimula a procura, a descoberta, a assimilação e a acomodação do conhecimento. Este utilizasse de esquemas mentais preexistentes do aluno em relação ao mundo exterior.
A educação deve respeitar as fases de desenvolvimento da criança que ocorre em velocidades e faixas etárias diferentes. O educando é visto de modo único pelo educador que na construção do conhecimento desenvolve suas potencialidades através de um ensino aprendizagem mais significativo.
EM​ÍLIA FERRERO E CONSTRUÇÃO DA ESCRITA DA CRIANÇA

emilia-ferreiro

 Para Emília Ferreiro, o termo construção, que uso para me referir a aquisição da língua escrita, não e muito comum; geralmente se fala em “aprendizagem”. Não é que aprendizagem seja um termo errôneo, porque efetivamente ha um processo de aprendizagem, porem a historia social dos termos tem impregnado o termo aprendizagem com uma forte conotação empirista que não e a que quero dar-lhe. O termo maturação esta excluído, uma vez que não se trata de um processo puramente maturativo. O termo desenvolvimento tem sido pouco usado na literatura espanhola, ainda que em inglês, hoje em dia, seja bastante corrente ouvir falar de “developmental literacy”.

Para ela, quando falamos de construção da escrita na criança, não estamos falando da emergência mais ou menos espontânea de idéias engenhosas, idéias curiosas, idéias as vezes extraordinárias que as crianças tem – o que em inglês se costuma dizer “wonderful” idéias. E algo mais que isso. Tampouco se trata de que algumas coisas que se constroem e em seguida ha uma espécie de adição linear do já construído.

Para ela, em uma visão construtivista que interessa e a lógica do erro: trata-se as vezes de idéias que não são erradas em si mesmas, mas aparecem como errôneas porque são sobre generalizadas, sendo pertinentes apenas em alguns casos, ou de idéias que necessitam ser diferenciadas ou coordenadas, ou, as vezes, idéias que geram conflitos, que por sua vez desempenham papel de primeira importância na evolução.

Alguns desses conflitos entendemos muito bem; esperamos entender melhor outros em um futuro não muito distante.Os processos de construção sempre supõem reconstrução: no entanto, o que e que se reconstrói? E precise reconstruir um saber construído em certo domínio para aplicá-lo a outro; ha reconstrução de um saber construído previamente com respeito a um domínio especifico para poder adquirir outros conhecimentos do mesmo domínio que, de algum modo, tem sido registrados sem poder ser compreendidos; também ha reconstrução do conhecimento da língua oral que a criança tem para poder utilizá-lo no domínio da escrita.

 

 Transcrição de Emília Ferreiro

Emilia Beatriz María Ferreiro Schavi foi doutoranda de Jean Piaget. Promoveu a continuidade do trabalho de Piaget sobre epistemologia genética – uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança – estudando um campo que ele não havia explorado: a escrita.

A partir de 1974, na Universidade de Buenos Aires, desenvolveu uma série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas na sua mais importante obra: Psicogênese da Língua Escrita, publicado em 1979 e escrito em parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky. A obra apresenta os processos de aprendizado das crianças, chegando a conclusões que puseram em questão os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita.

Emília afirma que a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. Neste processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo. O tempo necessário para o aluno transpor cada uma das etapas é muito variável.

De acordo com a teoria exposta em Psicogênese da Língua Escrita, toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada:

  • pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;
  • silábica: interpreta a letra a sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada uma;
  • silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas;
  • alfabética: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.
A obra mais importante, ela não apresenta nenhum método pedagógico, mas revela os processos de aprendizagem da criança, levando a entender que puseram em questão os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita.
A aprendizagem não é provocada pela escola, mas pela própria mente das crianças, elas chegam a seu primeiro dia de aula com conhecimento Psicogênese da Língua Escrita.
Emília Ferreiro tornou-se referência para o ensino brasileiro. Seu nome passou a ser ligado ao construtivismo, modo em que a criança aprende. Emília chegou à conclusão de que as crianças têm um papel ativo de aprendizagem. Elas constroem seu próprio conhecimento.